quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fim de ano no mundo Chapin – parte 2

De regreso después de mucho tiempo...

Aqui lhes conto como foi meu reveillon em LIVINGSTON, GUATEMALA, na região de IZABAL, Terra de Garifúnas 
(pra mim Rastas centroamericanos).
Música onipresente em Livingston

Livingston é na minha opinião, o lugar mais random do mundo. Primeiro por ser a única cidade na Guatemala onde existem negros. Sim, EXISTEM. Não é porque são maioria, mas porque no resto da Guatemala é praticamente impossível ver pessoas de pele negra!!! 

Depois, porque não existe estrada para Livingston, o único acesso é por mar. É normal ver estátuas de animais sobre os muros das casas. – Tá, e porque isso é estranho Nelsinho? Lhe respondo jovem incauto. Porque os animais não são patos ou sapinhos, são elefantes, girafas, ursos, águias, ou qualquer outro animal da fauna africana, que não tem nada a ver com a Guatemala. Outra coisa também totally random... Estávamos caminhando por 1,5 hora até a cidade (pois os táxis também são random e te buscam se eles estão afim), quando escutamos uma gritaria em um boteco, e de repente saiu um porco (!) correndo de dentro do local. Continuamos a peregrinação e escutamos um som bonito, com uma música que pensávamos ser tipíca do local, e quando encontramos o local de onde vinha a música, demos de cara com um grupo de crianças fazendo batucada em uns baldes e cantando e dançando... Foi legal, mas também foi muito random.


Livingston, não é só coisas estranhas. Se trata de uma região idiossincrática na Guatemala, pois se trata de uma população Garífuna, que é uma mistura de negros africanos com índios caraíbas. Ou seje, você se sente em outro país. O ambiente, os sons, os cheiros, são totalmente diferentes da Guatemala. Você se sente em algum país entre a África, Jamaica, América Central e Cuba. É uma região muito particular, com seus costumes e comportamentos totalmente diferentes pra uma mente já acostumada com o povo guatemalteco.
Obviamente a base da alimentação vem do mar. Frutos do mar e pescados por todos os lados. O Ceviche (coquetel de frutos do mar e peixe) é delicioso, mas eles não sabem como fritar um peixe. Todos que eu pedi vinham queimados, e os filés, não sei porque razão parecem carne de porco, e tem o mesmo sabor.


Ficamos em um hotel distante 1,5 hora da cidade, o que resultava numa caminhada pela praia e depois cruzar essa ponte até o ponto onde o taxi podia chegar, ou caminhar até lá. O hotel era muito bacana, ficamos em uma casa de madeira, com vãos entre as tábuas de 1,5cm +-. Isso quer dizer que o banho era estilo BBB. Pelo menos a casa era arejada, já que fazia um calor do cão! Pela foto dá pra ver como o lugar era bonito. 


Estávamos a 30min de caminhada de um dos lugares mais fascinantes que já conheci: Siete Altares, umas quedas d’água (7 pra ser exato) líndas! E ao final da caminhada a recompensa veio com uma piscina natural. Tá, parecia que eu estava mergulhando em um copode água com gelo, mas valeu muito a pena!

     

Fizemos um tour pelo Rio Dulce, uma região muito bonita, por um rio de água salgada que chega até ao Lago de Izabal (mas não fomos até lá porque era muito longe e caro). O tour é incrível, de barco por entre penhascos altíssimos, cheio de verde. Uma parada em uma piscina de águas quentes sulfurosas, pois saiam de dentro de um vulcão (esqueci de tirar foto, mas tirei uma do pessoal dentro de uma cova a uns 50ºC).
   
  

A volta foi outra aventura. Na última noite resolveu chover, o que mexeu com o humor do mar e criou ondas tensas, que quase viraram nosso barco 23874628 vezes na travessia até o porto (não tenho fotos porque ou eu me segurava ou segurava a máquina). Todos chegaram molhados e com o coração na boca. Mas nunca o beijo do papa em terras brasileiras me fez tanto sentido.

Esse foi meu fim de ano... Não posso esquecer de agradecer as pessoas que foram comigo: Adrian Little John Meyer (ALE), Marie Seeger (ALE), Anca Armasoiu (ROM), José Abreu (DOM) e Andrea de La Cruz (COL) com quem celebrei 6 Anos Novos em horários diferentes. Além dos loucos Salvadorenhos que conhecemos lá!

Um comentário:

  1. ai que saudade de viajar por todos os lugares random da Guatemala. Se vc achou Livingston random, espere ir a Todos Santos e depois me conta.

    bjosss

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